As crianças podem ter dificuldades de saber lidar com as suas emoções, já que contam com menos recursos que os adultos para fazer isso. Por isso, é sempre bom saber como lidar com a ansiedade das crianças.
A ansiedade é uma emoção complexa e tem múltiplas causas, e muitas crianças acabam se sentindo frustradas por não saber como lidar com ela.
As causas da ansiedade nas crianças são variadas. Falamos de fatores diversos como as responsabilidades, as relações interpessoais ou as relações familiares. Um dos primeiros sinais de ansiedade nas crianças pode aparecer com alguma mudança na vida dela, como a separação dos pais ou a perda de um ente querido, por exemplo.
Quando as crianças começam a sair de casa, seja para passar um tempo com seus avós ou para começar na escola, elas podem sofrer estresse pela separação. Nessas situações, o que começa como uma tensão superficial pode se tornar uma ansiedade muito intensa, quando não há nada que diminua a sensação de ameaça que a criança sente ao se separar de pessoas com as quais se sente protegida.
Essa emoção também pode ser causada pelo contato com desconhecidos, o que está diretamente ligado com o anterior. O importante é saber como identificar um episódio real de ansiedade, já que todas as crianças sofrem de estresse devido à separação e ao contato com desconhecidos, e isso não significa que elas realmente sofram de um transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Outras causas mais graves podem ser um ambiente familiar violento ou disfuncional, ou algo menos traumático, mas igualmente grave para a criança: uma mudança repentina, ou a perda de alguém. Tudo isso pode dar lugar a uma ansiedade que eles não são capazes de controlar.
Em primeiro lugar, é fundamental discernir entre uma tensão superficial e um verdadeiro quadro de ansiedade. Identificando erroneamente o que acontece, podemos privar a criança da ajuda de que ela precisa ou de um desafio que possa contribuir, e muito, para o seu crescimento. Já abordamos esse tema no BLOG. Confira aqui alguns sinais de alerta que podem indicar que a criança é ansiosa.
O primeiro passo, portanto, é identificar o problema e sua causa, prestando atenção em como a criança manifesta a emoção.
Se estivermos diante de um episódio específico, o mais importante é tentar argumentar com a criança. Embora às vezes não pareça, as crianças geralmente têm uma capacidade de raciocínio maior da que atribuímos a elas.
Dialogar com elas sobre a causa desse sentimento pode nos dar algumas respostas úteis. Assim, de forma colaborativa, é possível chegarmos a uma solução. Além disso, estaremos realizando um reforço positivo para a reflexão e o raciocínio.
A solução do problema pode ser alcançada usando diferentes estratégias.
Para começar, o raciocínio é uma boa técnica; ajuda a criança a se concentrar, relaxar e se separar psicologicamente do problema.
Outra maneira de lidar com o problema, se a criança não for capaz de usar as palavras apropriadas, é fazer um relato do que sente. Frequentemente, é difícil para elas descrever emoções novas e, portanto, devemos ajudá-las.
Você também deve expressar o que sente. As crianças aprendem muito por imitação, então você as ajudará se também começar a compartilhar o que sente em palavras. Assim, de maneira indireta, aumentará seu vocabulário emocional e, como resultado, sua destreza e precisão ao descrever como você se sente.
Em resumo, estas são as etapas que podemos seguir para identificar a ansiedade em crianças:
Prestar atenção aos sintomas (físicos e psicológicos).
Dialogar com a criança sobre o seu problema.
Apresentar uma solução de forma colaborativa.
Se o problema persistir e houver algo além do estresse ou ansiedade normais, é necessário consultar um especialista.
A ansiedade é uma emoção que nasce diante de uma ameaça, seja passada, presente ou antecipada. Assim, as crianças, por serem tão pequenas e instáveis, podem sentir ansiedade diante de muitos fatos, reais ou imaginários. Por outro lado, somos nós, os adultos, que temos a responsabilidade de ensiná-los a trabalhar de maneira positiva com o estado emocional que deriva precisamente da percepção dessas ameaças. Fique atento aos sinais, e se considerar necessário, agende uma consulta com um psicólogo.
Fonte: A Mente é Maravilhosa