O Pequeno Príncipe é um dos livros mais lidos do mundo e não é à toa. A obra, escrita por Antoine de Saint-Exupéry, ainda que seja considerado um livro infantil pela simplicidade da narrativa, nele são tratados temas tão profundos como o sentido da vida, o amor, a amizade, a solidão e a perda. Este livro constitui para muitos um tesouro da própria infância, que agora queremos transmitir aos mais jovens.
Nunca deixe de acreditar. Essa é apenas uma das tantas frases marcantes do livro, que é repleto de ensinamentos e lições para pessoas de todas as idades.
Neste ano, o livro será o tema da Festa de Final de Ano da Estação Criança, e os alunos já estão mergulhados, conhecendo essa obra tão especial e única.
Quanta coisa é possível aprender com O Pequeno Príncipe. Relacionamos abaixo alguns ensinamentos que essa obra é capaz de oferecer às crianças.
“Não era mais que uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga e agora é única no mundo”
Esta frase do livro resume em poucas palavras algo que as crianças devem assumir desde muito cedo: a amizade é um valor a atender, a cultivar e a cuidar a cada dia. Cada amigo é único, mágico e excepcional, uma pessoa com suas próprias nuances, características e grandezas, que se deve saber apreciar e desfrutar a cada dia.
Existem famílias que cometem, sem querer, um erro na educação de seus filhos. Os iniciam desde bem cedo no valor das coisas materiais, na necessidade de ter coisas, de colecionar, de desejar objetos para depois conseguir outros ainda mais novos… Algo tão comum como motivar uma criança que passe nas provas da escola a troco de um celular ou de uma bicicleta, mas será que isso é benéfico para a criança?
Devemos iniciar nossos filhos o mais cedo possível nos valores do invisível, na conscientização de que o afeto, o carinho, a consideração, o respeito, a dedicação do tempo às pessoas que amamos, é sem dúvida o mais valioso.
Consigamos portanto que as crianças vejam a vida desde o coração e não desde o número de brinquedos ou tecnologia que tenham em seu quarto.
"É muito mais difícil julgarmos a nós mesmos, que julgar aos outros. Se você consegue julgar a si mesmo é porque você é um verdadeiro sábio"
É possível que a ideia de conseguir que uma criança se conheça a si mesma pareça uma ironia. As crianças são pessoas em desenvolvimento, em crescimento e em contínuos descobrimentos, esses que no dia a dia formarão sua identidade e sua personalidade. Como conseguir que se conheçam a si mesmas se ainda estão em constantes mudanças?
Bem, existe algo que devemos ter claro, o autoconhecimento reside também no autocontrole, na gestão emocional, na identificação das próprias emoções, e nesse enfoque de pensamento de se esforçar a cada dia para ser uma pessoa melhor. Todos esses pontos são ferramentas que devemos facilitar a nossos filhos, procurando evitar, por exemplo, a tendência em criticar aos outros sem antes ter dado uma olhada com humildade em si mesmas.
Se existe alguma coisa que nossos filhos nos agradecerão que os ensinemos desde bem cedo é o ato de se equivocar: ele pode ser bom, com certeza é normal, e é uma forma de aprendizado pela qual todos passamos a cada dia.
Não cobre tanto do seu filho. Permita que as crianças tropecem, deixe que se equivoquem, permita que sejam sempre elas mesmas com suas nuances, seus defeitos e suas grandezas.
No “Pequeno Príncipe” fica muito claro esse tipo de ensinamentos, nos ensinando que a vida não é nem de perto um caminho em linha reta, mas sim um vale cheio de trilhas e intersecções pelo caminho, de ravinas e cumes maravilhosos os quais podemos atingir depois de pular cada pedra e cada buraco.
Certamente, esse livro tem muito mais ensinamento a passar. Esses são apenas alguns. É uma ótima obra para ler e reler com os filhos, em diversos momentos da vida.
Fonte: Revista Pazes