Quem já ouviu dizer que quem tem um amigo tem um tesouro? Nessa semana que comemoramos o Dia do Amigo, celebrado anualmente em 20 de julho, nada melhor do que falar sobre a importância da amizade para o desenvolvimento das crianças.
Na vida adulta, o valor da amizade está em compartilhar experiências de modo espontâneo. Na infância, o tesouro da amizade talvez tenha uma repercussão ainda maior. “Ter amigos significa aprender a respeitar o outro, saber que o outro pensa diferente e tem outras vontades”.
Para desenvolvermos essas habilidades essenciais, precisamos fazer amigos presenciais desde pequenos”. Essa é a opinião de Teresa Ruas, consultora em desenvolvimento infantil da Fisher-Price. Em um mundo onde as pessoas estão cada vez mais focadas em seus próprios quadrados, estimular que seu filho se relacione e passe tempo com os amigos é essencial e necessário durante a infância.
Ter e fazer amigos, assim como manter amizades representam fatores fundamentais para o desenvolvimento saudável. Ao brincar com amigos, a criança tem a oportunidade ímpar de aprender a ser humano: um processo longo e complexo, que vai se estabelecendo pouco a pouco em diferentes situações.
Brincar com o amigo é ótimo, necessário e a gente já sabe, mas aí vem outro ponto, o brinquedo e o ato de brincar sozinho também são importantes para o desenvolvimento infantil.
Ou seja: ao ver seu filho quietinho e solitário ali brincando com as coisas dele, não precisa ficar com peso na consciência por ele não estar rodeado de colegas correndo no parque. As duas situações são importantes para o desenvolvimento da criança, e como sempre, a chave é saber dosar. Então, relaxa que os momentos com os amigos e sozinho são importantes do mesmo jeito, mas cada situação explora uma experiência diferente. Brincar junto ou separado é bom!
Estudos mostram que a amizade na infância é uma importante ferramenta para a saúde emocional das crianças. Ter amigos pode significar maior estabilidade emocional, desenvolvimento de empatia e de autoconfiança. A amizade age como um fator de proteção social, que traz benefícios à autoestima e ao bem-estar da criança. Na escola, por exemplo, ela facilita um melhor entrosamento, além de melhorar seu rendimento escolar, e isso é bom demais!
Ter amigos é essencial para a adaptação psicossocial do indivíduo, que repercute tanto durante a infância como na vida adulta. Brincadeiras em grupo ou com um único amiguinho ajudam a criança a dominar novas habilidades sociais e faz com que ela se familiarize com as normas e processos sociais envolvidos nas relações interpessoais. Amigo é tudo, sim!
Se os adultos são cheios de frescuras e restrições, com criança não tem tempo ruim. Elas são desinibidas, brincam com brinquedo do outro, tiram da mão do colega, saem correndo para fugir dele… cenas clássicas! Um pouco inconvenientes para os adultos? Sim, sim. Mas fazem parte de uma fase da infância e não têm a ver com má educação.
A intervenção dos pais, em casos mais extremos, deve acontecer como uma mediação do conflito, ao invés de julgar e decidir pelas crianças, deixando nas mãos delas a resolução final.
Ok, então uma infância mais completa é aquela rodeada de novos amigos, velhos amigos e até aqueles amigos mais encrenqueiros. Todos são muito bem-vindos. Mas é importante lembrar de que os pais são os modelos dos filhos, pois suas atitudes são espelhadas neles.
Então, cuidado para não ficar muito focado em estimular que seu filho tenha muitos amigos e esquecer que você também tem os seus. Se a mãe ou o pai tem uma turma animada, certamente os pequenos vão querer, e buscar, uma turminha bacana para chamar de sua.
Fonte: Pais & Filhos