Anualmente, comemoramos o Dia do Abraço em 22 de maio. Só quem sabe o poder do abraço entende que Dia do Abraço é todo dia. E quem tem filho, mais do que nunca, precisa abraça-lo com frequência.
Há estudo que apontam que as primeiras interações de vida do bebê com o ambiente e as pessoas que o cercam vão moldar o indivíduo em que ele se tornará ao crescer. E os gestos de carinho são fundamentais não apenas para deixá-lo mais seguro, como também mais inteligente.
Uma pesquisa feita pela Escola de Medicina da Universidade de Washington (EUA) demonstrou o cérebro de crianças cujas mães demonstram alto nível de afeto em relação as mesmas apresentam maior crescimento do hipocampo, área ligada à memória e ao aprendizado, em comparação ao das crianças criadas com menos afeto.
Possivelmente, isso acontece porque o sistema nervoso do bebê que é atendido em suas necessidades físicas e emocionais se desenvolve com vantagem. Os benefícios não param aí. “Um abraço se estende além do contato físico. O contato pele a pele transmite calor e aguça diversos sentidos, como o tato, o olfato e a audição (esses últimos, pela proximidade). E assim, ocorre a liberação de substâncias que promovem o bem-estar”, explica o psicobiólogo Ricardo Monezi, especialista em medicina do comportamento da Unifesp. É por isso que, de acordo com o especialista, ao receber uma vacina no colo dos pais o bebê tende a chorar menos, o que também já foi comprovado cientificamente.
Então já sabe, quando o assunto é abraço, não existe contraindicação.
O abraço pode e deve ser dado aos pequenos sem moderação. Não dê ouvidos para aquela história de que eles podem ficar mimados por causa disso. E é especialmente recomendado em momentos que eles demonstram fragilidade ou medo, como durante uma tempestade, numa festa com estranhos, no escuro ou no primeiro dia de aula. No entanto, algumas crianças podem ser mais esquivas do que outras, e está tudo bem. Abrace-a na medida que ela quiser. Não force se ela não quiser.
Normalmente, ela passará a aceitar e retribuir afeto se crescer em ambiente carinhoso, mas é preciso respeitar o tempo de cada um.
Fonte: Revista Crescer