Você consegue imaginar um mundo sem vacinas? Para saber como seria o mundo sem as vacinas é só voltarmos ao começo do século 20, época em que uma a cada cinco crianças morria de alguma doença infecciosa antes mesmo de completar 5 anos.
A vacinação foi responsável por um aumento de cerca de 30 anos na expectativa de vida da população. Escolher não imunizar seu filho, independentemente do motivo, é uma ameaça à saúde e vida das pessoas
Para evitar esse tipo de retrocesso, é preciso entender que a vacina é a forma mais eficaz de proteger seu filho e sua família contra as doenças.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação ajuda a prevenir uma média de três milhões de mortes ao ano em doenças como tétano, sarampo e difteria.
Graças à vacina, doenças altamente contagiosas e perigosas, como a varíola, foram erradicadas. A vida dos bebês, pais e pediatras ficou muito mais fácil, e o número de internações e mortes por doenças infecciosas caiu. Por esses e tantos outros motivos, a OMS lidera a Semana Mundial da Imunização, que neste ano ocorre de 24 até 30 de abril. A data tem como objetivo promover o uso das vacinas como instrumento de proteção contra doenças para pessoas de todas as idades.
Em tempos de coronavírus, o mundo enfrenta uma doença com grande potencial de transmissão, sem um tratamento eficaz cientificamente comprovado. Essa dificuldade levanta ainda mais a importância das pesquisa para o desenvolvimento de vacinas e a confiança da sociedade nos programas de imunização.
Infelizmente, alguns pais ainda têm medo em dar vacina aos filhos e até encontram argumentos com profissionais que, com certeza, não estão alinhados às melhores práticas médicas da atualidade. É difícil entender o porquê do movimento antivacina e as fake news sobre vacinação ainda estarem ganhando força, principalmente nas redes sociais.
Com o sucesso da imunização no país, muitas doenças tornaram-se desconhecidas. Isso faz com algumas pessoas não tenham ideia do risco que elas carregavam e acabem se preocupando bem mais com os possíveis efeitos colaterais de vacina do que com a prevenção de doenças graves.
Os benefícios da vacinação universal superam de longe os riscos, que incluem reações leves, como febre ou dor local e (mais raramente) reações mais sérias. No geral, de 5% a 10% dos casos, as reações adversas consistem em inchaços, vermelhidão e dor no local da aplicação da vacina. As reações sistêmicas, como febre, mal-estar e dor de cabeça, ocorrem em cerca de apenas 2% dos casos. Já o risco de reações adversas graves é mínimo: cerca de 0,05% e geralmente acontecem em pessoas que apresentam alguma contraindicação. Por isso, se você tem algum problema de saúde, informe ao serviço para avaliar se você ou seu filho pode ser vacinado ou se a vacinação deve ser postergada para outro momento. O médico pediatra também deve sempre ser consultado para uma orientação segura. Mas as reações às vacinas são bem menos prejudiciais se comparadas aos efeitos da doença em uma criança não imunizada. Então, pode vacinar seu filho sem medo.
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe do Ministério da Saúde foi iniciada em 23 de março de 2020. A data foi antecipada por conta da pandemia do novo coronavírus. Mesmo com o isolamento social, a recomendação médica é que as pessoas mantenham o calendário de vacinação em dia. A vacina da gripe previne a contaminação pelo vírus Influenza, incluindo os subtipos H1N1 e H3N2, que costuma circular no Brasil com mais intensidade a partir de março.
O governo separou os públicos em três etapas:
1ª etapa (23 de março): início da campanha com foco na vacinação de pessoas acima de 60 anos e trabalhadores da área da saúde.
2ª etapa (16 de abril): ampliação da vacinação para pacientes com doenças crônicas (como diabetes e hipertensão) e condições clínicas especiais, caminhoneiros, população indígena e forças de segurança e salvamento.
3ª etapa (9 de maio): crianças a partir de 6 meses e menores de 6 anos, professores, gestantes e puérperas.
Fonte: Pais & Filhos