A criança aprende pelo exemplo. Elas vêm ao mundo como um livro em branco e têm os pais como principais exemplos a seguir.
Neste momento que o mundo todo está debatendo sobre racismo, com protestos acontecendo no mundo todo, é uma boa hora para reforçar a importância de contribuir para uma infância sem racismo. Para isso, é fundamental que os adultos ensinem essa questão aos filhos. Nesse sentido, não basta falar, é preciso fazer.
A criança observa os pais no dia a dia, o tempo todo. Por isso é necessário respeitar o diferente (seja ele de cor ou qualquer outro aspecto) e não apenas usar um discurso contra o preconceito.
Resumindo: se você for respeitoso em relação às diferenças, o seu filho também seguirá esse exemplo. Não tem segredo, para criar um cidadão consciente do seu lugar e privilégios, você precisa descobrir os seus. O racismo está tão enraizado que aparece das formas mais banais no dia a dia: dizendo que uma roupa não cai tão bem com o tom de pele, incentivando uma pessoa com cabelo crespo à mantê-lo preso.
As crianças são o que vivem e a representação social é fundamental para mudar a nossa realidade. Se ela não aparece o suficiente nas novelas e séries, vale buscar na leitura, como por exemplo, falar sobre escravidão e como isso não deve se repetir. Nesse sentido, a identificação é fundamental. Presentes representativos, como bonecas negras, também carregam um bom significado sobre isso.
É muito importante mostrar às crianças que a cor de pele não é nada mais do que isso, diferença de tom. Caso o filho veja uma manifestação racista fora de casa, vale orientar e mostrar que aquilo é errado.
E é bom destacar ao filho que todo o tipo de preconceito com o diferente é inaceitável.
Na Estação Criança esse assunto também é muito debatido, como forma de fazer as crianças a conhecer e respeitar as diferenças. Em novembro do ano passado, por exemplo, foi apresentado aos alunos a história da Abayomi, a boneca africana. As crianças tiveram a oportunidade de, inclusive, confeccionar a boneca.
É papel da família, junto à escola, orientar e não aceitar qualquer tipo de preconceito.
Essa parceria entre família e escola pode, sim, mudar o futuro, através da educação. É fundamental dar voz às crianças e deixá-las se expressar. O primeiro passo para acabar com o racismo é partindo do princípio que ser preconceituoso é errado. A partir disso, podemos nos atentar, ir quebrando nossas barreiras aos poucos e criando uma geração mais respeitosa.
Fonte: Pais & Filhos